Sétima filha do casal de alamães ( Bruno Emil Zwarg e Barbara Häplin Zwarg ), raiz da árvore genealógica dos Zwarg no Brasil, Cecília Zwarg, já, aos treze anos, iniciara os estudos de violoncelo e já destacava-se musicalmente entre seus oito irmãos. Isso levou Bruno a sonhar com uma carreira para a filha.

Decidiu enviá-la à Alemanha, onde moraria na casa de uma irmã de Barbara e aprimoraria seus estudos musicais. Barbara a acompanharia para arranjar tudo. E assim foi feito.

Porém, pouco após a volta de Barbara ao Brasil, eclodiu a Primeira Grande Guerra e, por causa do conflito os Zwarg não puderam ter notícias da filha por muito tempo.

Sissi só conseguiu voltar ao Brasil alguns anos após o término da guerra, quando já completara 21 anos. Sissi não pode continuar morando com a tia e acabou tendo que contar com a própria sorte. Por um tempo foi obrigada a abandonar os estudos de música e a trabalhar numa fábrica de munições, mas aos poucos, conseguiu voltar ao violoncelo.

Teve a sorte de conhecer os Kässel - o casal Paul e Frida - que a hospedaram, pois tinha uma filha, Maja, também musicista, e foi o amor pela música que uniu as duas jovens.

Assim, Sissi viveu com os Kässel até o final da guerra e com eles voltou ao Brasil sem saber mais nada do português, mas uma exímia concertista. O nome Cecília Zwarg tornou-se conhecido e admirado nos meios artísticos.

Um fato muito comentado na época foi a vinda de um renomado regente italiano, convidado para reger a Orquestra Sinfônica Municipal. Naquele tempo, poucas mulheres faziam parte de uma sinfônica e, quando o maestro notou a figurinha de Cecília bem na frente da orquestra, como primeiro-violoncelo não escondeu seu desagrado.

No entanto, iniciado o primeiro ensaio, suas reservas cairam por terra. Conquistado pelo talento de Cecília, não perdeu a oportunidade de demonstrar sua admiração e cumprimentá-la pela sua execução

Fonte: "Uma Família Muito Especial" de Beatriz Rossi