Com
ciúmes do rio Branco,
O mar jogou no barrranco
Esta bela embarcação;
O seu mastro está pendente;
Seu bojo vibra fremente
Preso na areia do chão
Que importa essas
praias belas?
Este céu cheio de estrêlas?
Se a areia o quer sepultar?
Õh mar, manda tuas vagas
Levá-lo para outras plagas,
Ser livre, Vogar, Vogar...
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Deixa que
enfrente a procela,
Que siga a rota da estrêla,
Navegar é seu destino...
Não é justo que êsse barco
Que nasceu num mar tão grande...
Morra num rio pequenino...
Porque o prende esta areia,
Traidora e alva sereia,
Em seu abraço fatal?
É preferível a morte
Ser prisioneiro e má sorte
Viver em ânsia mortal.
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