Era
um tronco carunchado,
Velho, torno, enegrecido,
Pelo tempo que passou.
E ainda morto tombado,
Não sei o tempo contado
Que êsse tronco suportou.
Os seus galhos recortados,
eram em carvão transformados
E em cinza terminou.
E quem sabe nesses galhos
Quantos ninhos embalou?
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E a parasita
sedosa
Palpitante vaporosa
Nêle tôda se enroscou;
E rolando rio afora,
Veio dar à praia agora,
E dêle não se apartou.
Eu sou o tronco jogado,
Nesta praia, abandonado,
Pois a vida é mesmo assim:
E dos ninhos que partiram,
E das aves que fugiram,
Só você ficou prá mim
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