Morena,
linda, brejeira
Que caboclinha bonita
De corpo forte e sadio,
Enquanto o pai almoçava
Essa pequena remava
Transportando os passageiros
P'ra outro lado do rio.
E nessa tarde formosa
Estava entre os passageiros
Um rapaz galanteador
Tomando da moça o remo:
Eu também sou moço forte
Pois pratico muito esporte
Apesar de ser doutor.
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Mas que azar
do camarada,
Uma lancha carregada
E mais um rebocador,
Descia numa arrancada
revolvendo todo o rio,
Tirando da linha a barca
E o seu fraco remador.
Passageiros assustados
Gritavam, larga o remo.
Valei-nos Virgem Maria,
E a canoa rodava,
E o remador se cansava
E a mocinha ria...ria...
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