Naquele
tempo, em nossa casa, em Itanhaém |
Se
reunia no avarandado toda a moçada |
E havia sempre quem dedilhasse
um violão |
E
nem faltava quem entoasse uma canção |
|
A vizinhança
vinha chegando, contra cantando |
E os visitantes iam
entrando, - A casa é sua! |
E as vozes iam cantando
as palavras |
Num coro singelo
de mil melodias |
Em versos tão
belos de sonhos e amores à pálida Lua |
|
|
Itanhaém escutava |
|
Ela é tão
antiga |
A homenagem singela |
|
Que virou saudade |
Porque sabia que
a gente |
|
Onde a pedra chora |
Cantava pra ela |
|
Quando o mar... |
Itanhaém vaidosa |
|
Vem beijar a pedra |
Nos escutava faceira |
|
Ele diz a ela |
E abençoava
a gente |
|
Do amor eterno |
E a cidade inteira |
|
Ó meu amor... |
|
|
Os temas eram o mar,
o amor e a felicidade |
E
a vida humilde da gente boa da nossa cidade |
E a gente cantava e o som
viajava nas asas do vento |
Por
toda a cidade desde a Prainha, até o Convento |
|
E quando
a cidade dormia cansada de um dia de luta |
Alguns mais boêmios,
escravos da lua, saiam cantando |
E a beira da praia ouvia
as estórias |
De loucos amores e beijos
roubados. |
Meu Deus que saudade do
avarandado da Casa da Praia |
|
Itanhaém escutava |
|
Ela é tão
antiga |
A homenagem singela |
|
Que virou saudade |
Porque sabia que
a gente |
|
Onde a pedra chora |
Cantava pra ela |
|
Quando o mar... |
Itanhaém vaidosa |
|
Vem beijar a pedra |
Nos escutava faceira |
|
Ele diz a ela |
E abençoava
a gente |
|
Do amor eterno |
E a cidade inteira |
|
Ó meu amor... |
|
|
Naquele tempo, em nossa
casa, em Itanhaém... |